segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Fresquinho!

Saindo do forno, os estilos das ruas de Milão, Paris e Londres!









Borboletas

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Na contramão I

Pela primeira vez, vou postar aqui um texto de caráter mais pessoal. Fiquei com vontade de compartilhar reflexões que têm tomado conta da minha mente nos últimos tempos, na medida em que vou lendo jornais, revistas e textos de blogs...

Acelerando...

Acredito que muitas pessoas têm a impressão de que o tempo está voando e parece que, quanto mais ele voa, mais rápido o tempo se vai... há uma sensação quase generalizada de que não conseguimos fazer tudo que queremos. Falta tempo.

Atualmente é muito difícil encontrar revistas que façam reportagens com mais de quatro páginas. Isso porque, para os editores do mundo todo, os leitores têm cada vez menos tempo e paciência para ler. Por isso encontraram a solução de fazer revistas, jornais e livros cada vez mais acelerados. Prova disso são os jornais Metro e Destak, leitura mais rápida e superficial, impossível.

Segundo Carl Honoré, um jornalista canadense, “a proliferação da leitura rápida é um dos sintomas de uma epidemia que assola todas as sociedades industrializadas: o desejo de viver em velocidade. (...) Poderíamos viver muito melhor trocando lanchonetes por banquetes caseiros, fazendo longas horas de sexo e parando de dirigir como pilotos de Fórmula 1".

De acordo com Sérgio Gwercman, “pagamos fortunas por engenhocas tecnológicas que deveriam facilitar nossa vida e continuamos com uma pressa insaciável. Você já deve ter sentido os efeitos desse fenômeno. Lembra quando a internet surgiu? Da maravilha que era saber que trocaríamos mensagens instantâneas e teríamos a biblioteca de Harvard ao alcance, bastando um clique no mouse. Agora pense na última vez que você recebeu um arquivo eletrônico pesado. E dos segundos que esperou para abri-lo, amaldiçoando a velocidade do computador, do provedor, da placa multimídia e do modem. Esses incompetentes que nos obrigam a esperar insuportáveis segundos para baixar... um livro inteiro!”

Autor do livro Acelerado, James Gleick, diz "uma coisa acelera a outra e nos vemos num círculo vicioso aparentemente inquebrável: a tecnologia gera demanda por velocidade, que empurra o desenvolvimento de novas tecnologias que precisam ser mais rápidas".

A última campanha da Diesel, chamada “Live Fast” (viva depressa), mostra em uma, de várias outras imagens, a modelo correndo, de salto, enquanto joga talco no bumbum de um bebê. Achei a idéia muito infeliz. Pensei que talvez essa campanha tivesse a boa intenção de criticar nossos valores atuais e nossos hábitos diários de estar sempre correndo contra o tempo, fazendo tudo apressadamente. Porém sempre acho que uma idéia dessas poderia incentivar essa cultura da velocidade em certas pessoas – como o filme Laranja Mecânica poderia influenciar estudantes a executarem atentados a escolas norte-americanas.

O conceito “fast fashion”, adotado inicialmente pelas marcas Zara e H&M – e já sendo implantado por diversas marcas brasileiras – consiste no lançamento de várias minicoleções (ao invés das tradicionais duas coleções de roupas por ano) que buscam antecipar as novidades a caminho das vitrines dos principais mercados de moda e gerar um fluxo acelerado de vendas. Na prática, significa estar com as prateleiras abastecidas de novidades para os consumidores sempre; as coleções vão entrando nas lojas a cada semana ou mesmo com intervalos de dias. A idéia é que a produção se espalhe em mais modelos e ganhe variedade. “A loja cria uma relação mais intensa com o consumidor, porque educa o cliente a não esperar por liquidações. Se ele não comprar logo a peça de que gostou, semana que vem ela já pode ter sido vendida. O cliente passa a ir mais ao ponto de venda e, em conseqüência, compra mais”, explica Alberto Serrentino.

Para reflexão: quanto mais rápido e mais acesso à informações temos, mais superficiais, individualistas e menos humanos nos tornamos...

Rainbow Room


Neste final de semana fui passear pelos Jardins (SP) e conheci uma livraria super fofa, a Rainbow Room. Inaugurada dia 30 de agosto por Flavia Lhacer, a pequena e charmosa book shop parece mais o cômodo de uma casa, num ambiente acolhedor e autêntico!



As pratelerias são recheadas de livros de moda, arte, cinema, fotografia, música e gastronomia, organizados com lindos objetos de decoração, brinquedinhos, cartões, cadernos.... tranqueiras, como a própria Flavia diz.
Vale o passeio para curtir o clima da loja e se atualizar com os livros selecionados tão cuidadosamente!


Rainbow Room
Al. Tietê, 43 . loja 10 - das 10 às 19h (Jardins - São Paulo/SP)
Fone: 011. 3062.7041

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Fibras naturais - Linho

Nas geladas fronteiras onde se juntam o extremo norte da Noruega, Suécia e Finlândia, existem charcos, pântanos, poças e lagos, que passam a maior parte do ano congelados e que no efêmero verão exibem pálidos musgos, arbustos, florezinhas silvestres e o línquen, tipo de planta que só existe naquela região, matéria esponjosa constituída por fragmentos de diversos vegetais e também abundante nesse local. Essa seria a fibra do linho, que ainda hoje encontra melhor desenvolvimento em locais lacustres e pantanosos, com climas frescos e úmidos, temperados ou subtropicais.


O linho, fibra e tecido dos mais antigos, é uma planta que tem suas fibras e sementes bastante aproveitadas. Já sabemos que suas fibras podem ser fiadas e torcidas e resultam em finos tecidos delicados, rendas e até cordas grosseiras. Já as sementes contêm óleo de linhaça, utilizadas na fabricação de tintas, vernizes e até, com a retirada do óleo, ração para gado.

As espécies mais importantes de linho têm flores azuis, brancas, lilás ou rosadas. A cor natural do linho é um pouco mais escura do que a do algodão cru. Seu toque é macio e sua fibra possui discreto brilho natural absorvendo bem a umidade, com indicação de uso em climas quentes. Sua secagem é rápida, é facilmente lavável, tem bom caimento, boa elasticidade e resistência.

Fibra de talo da planta de linho.

Simbologia: CL.

Origem: fibra natural vegetal de caule.

Histórico: no Egito, foi usado como alimento e só depois como matéria-prima para tecidos, equiparando-se ao algodão.

Lavabilidade: tecidos de linho resistem à fervura. Lavagem muito forte à máquina prejudica a durabilidade do tecido.

Passadoria: de 220ºC a 245ºC, desde que o tecido esteja umedecido.

Característica: ótima absorção de umidade, boa resistência à tração e à lavagem, amassa facilmente, não deforma ao calor, baixa elasticidade.

Uso do linho: cama, mesa, banho, lenços, tecidos para roupa em geral como brim, também uso para colchões.

Top 10 NY - Verão 2009.10

Terminados os desfiles da temporada de verão 2009.10 de NY, colocamos aqui os 10 principais pontos:


01. Ondas, camadas de babados




















Preen


05. Detalhes de torção e nós



















Alexander Wang


03. Peças e detalhes utilitários



















Matthew Williamson


04. Cinza melange



















BCBG Max Azria


05. Tons cosméticos e neutros sujos



















Rodarte


06. Linha dos ombros assimétrica



















Derek Lam


07. Superfícies brilhantes




















Thakoon


08. Mistura de estampas



















Philosophy di Alberta Ferretti


09. Camadas de tecidos leves e esvoaçantes



















Jill Stuart


10. Bandagem de preto




















marc by Marc Jacobs



Com informações da WGSN.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Primavera


Na semana que vem daremos as boas-vindas à primavera e nada melhor do que deixar as flores entrarem em casa ao som de Tim Maia!


PRIMAVERA
Quando o inverno chegar
Eu quero estar junto a ti
Pode o outono voltar
Eu quero estar junto a ti
Porque (é primavera)
Te amo (é primavera)
Te amo meu amor
Trago esta rosa (para te dar)
Trago esta rosa (para te dar)
Trago esta rosa (para te dar)
Meu amor...
Hoje o céu está tão lindo (sai chuva)
Hoje o céu está tão lindo (meu amor)

Destaques da NY Fashion Week

No contexto da disputa pelo próximo presidente e recessão econômica, a moda americana resolveu refletir sobre a sua própria história, colocando na passarela personagens, movimentos e peças ícone do sportswear americano. Marc Jacobs arrasou mais uma vez; retratou as Gibson Girls com toques orientais e grunge que são a perfeita tradução da moda contemporânea. Além de Marc Jacobs, Michael Kors também foi fundo na sua releitura dos american classics.



As múltiplas tendências são reflexos da longa lista de desfiles mas o importante mesmo é que existem propostas bem democráticas: cores vibrantes e tons neon X brancos; saias rodadas X saias sino; curtos e justos X silhuetas amplas; assimetrias, transparências...


Marc Jacobs


Michael Kors


Com informações do Meninas da Moda.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Pra pensar

O editor de Moda da Folha de SP Alcino Leite Neto entrevistou o filósofo norueguês Lars Svendsen pro Mais! (aqui) e este falou uma coisa sobre a qual vale e muito refletir:
"Todos nós, de alguma maneira, expressamos quem somos por meio de nossa aparência visual, e essa expressão vai necessariamente dialogar com a moda. E os ciclos de moda cada vez mais acelerados indicam um conceito mais complexo do eu, porque o eu se torna mais transitório. O consumidor pós-moderno não consegue firmar uma identidade pessoal viável por meio de seu consumo porque o fato de esse consumo focalizar o transitório enfraquece a formação da identidade. Se nossa identidade é diretamente vinculada às coisas que nos cercam -ou seja, ao valor simbólico das coisas-, essa identidade será tão transitória quanto são aqueles valores simbólicos".

Fonte: Blog Oh!

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Fibras Naturais – Algodão (Parte 2)

O algodão é originário da Índia – onde foram tecidas as peças mais antigas – e da Etiópia. Era conhecido primitivamente como lã de madeira ou lã de árvore e também como ouro branco, por causa do aspecto de seus tufos que são semelhantes a bolas de lã e oriundas das ramas, além do seu alto valor mercadológico. O algodão é a fibra mais usada no mundo – cerca de três quartos da população mundial a utiliza no vestuário – e adentra por uma série de utilitários que variam da tela para pintura à encadernação de livros.

O algodão leva uma vantagem em relação a outras fibras, uma vez que dele tudo se aproveita. A fibra, obviamente é a parte mais nobre, mas também a semente produz óleos, inclusive comestíveis. Até a penugem, curta e leve que fica presa aos caroços, tem várias utilidades, tais como estofo de travesseiros, almofadas etc. É a fibra mais resistente, podendo ficar séculos com conservação razoável e é menos vulnerável a traças, mofos e fungos.

O línter, a penugem que fica presa aos caroços depois de beneficiamentos, é usada em produtos completamente distanciados da indústria têxtil: plásticos, filmes fotográficos, papel e embalagens resistentes para produtos alimentícios que sejam altamente perecíveis.

A flor do algodão apresenta-se em diversas cores, dependendo do clima e da espécie: branca, azulada, rosada, amarela e tem a peculiaridade de abrir pela manhã e fornecer no dia seguinte. A floração começa no verão e termina no outono.