segunda-feira, 2 de junho de 2008

Yves Saint Laurent

Desfile de encerramento faz a retrospectiva de seus 40 anos de carreira


Morreu neste domingo, aos 71 anos, o estilista francês Yves Saint Laurent, considerado um dos maiores do século 20.
Laurent, que havia se aposentado da alta-costura em 2002, foi responsável por grandes mudanças na moda quando se tornou, aos 21 anos, o principal estilista da Dior. Encerrou sua carreira em grande estilo, com um desfile no museu Centre Georges Pompidou, em Paris, onde fez uma retrospectiva de seus 40 anos como estilista.
Estudou na escola de alta-costura parisiense e, por volta dos 18 anos, Yves Saint Laurent foi apresentado a Christian Dior, que imediatamente o contratou.
Após a morte de Dior, em 1957, Laurent passou a ocupar seu lugar e, em 1958, tornou-se o garoto-prodígio da alta-costura, com a apresentação de sua primeira coleção, a “Trapézio”, que pôs fim aos vestidos com a cintura marcada.
Laurent ficou na maison Dior até 1962, quando criou sua própria marca, a célebre YSL.
Durante os 45 anos que trabalhou como estilista, Laurent foi um dos principais responsáveis pelas mudanças no jeito de se vestir das mulheres durante o século passado, dando uma maior liberdade sexual e mais força no mercado de trabalho. Criou calças para serem usadas durante o dia e à noite, trench-coats, popularizou as jaquetas de safári e as botas de cano alto. Suas blusas transparentes tornaram a semi-nudez aceitável na alta sociedade. Além disso, simplificou os trajes de gala e fez de seus ternos de ombro quadrado um clássico. Sua peça mais conhecida, no entanto, foi a “Le Smoking”, um smoking criado para as mulheres e apresentado pela primeira vez em 1966.
Nesse mesmo ano, com a abertura de sua loja em Paris, Laurent popularizou as roupas prêt-à-porter, com a intenção de democratizar a moda. Ele também foi um dos primeiros a colocar modelos negras nas passarelas.
As criações do reservado Saint Laurent ganharam status de arte. Junto com os também franceses Christian Dior e Coco Chanel, ele fez parte da elite de estilistas que fez de Paris a capital mundial da moda. É considerado tão revolucionário quanto seus compatriotas.
A França perdeu "um dos grandes costureiros de sua época e um de seus artistas maiores", disse Bergé, companheiro de Saint Laurent durante 50 anos, nos âmbitos pessoal e profissional. Bergé disse à rádio France Info: "Chanel deu liberdade às mulheres. Yves Saint Laurent lhes deu poder".


Com informações da Folha e UOL.

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