segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Fibras naturais - Linho

Nas geladas fronteiras onde se juntam o extremo norte da Noruega, Suécia e Finlândia, existem charcos, pântanos, poças e lagos, que passam a maior parte do ano congelados e que no efêmero verão exibem pálidos musgos, arbustos, florezinhas silvestres e o línquen, tipo de planta que só existe naquela região, matéria esponjosa constituída por fragmentos de diversos vegetais e também abundante nesse local. Essa seria a fibra do linho, que ainda hoje encontra melhor desenvolvimento em locais lacustres e pantanosos, com climas frescos e úmidos, temperados ou subtropicais.


O linho, fibra e tecido dos mais antigos, é uma planta que tem suas fibras e sementes bastante aproveitadas. Já sabemos que suas fibras podem ser fiadas e torcidas e resultam em finos tecidos delicados, rendas e até cordas grosseiras. Já as sementes contêm óleo de linhaça, utilizadas na fabricação de tintas, vernizes e até, com a retirada do óleo, ração para gado.

As espécies mais importantes de linho têm flores azuis, brancas, lilás ou rosadas. A cor natural do linho é um pouco mais escura do que a do algodão cru. Seu toque é macio e sua fibra possui discreto brilho natural absorvendo bem a umidade, com indicação de uso em climas quentes. Sua secagem é rápida, é facilmente lavável, tem bom caimento, boa elasticidade e resistência.

Fibra de talo da planta de linho.

Simbologia: CL.

Origem: fibra natural vegetal de caule.

Histórico: no Egito, foi usado como alimento e só depois como matéria-prima para tecidos, equiparando-se ao algodão.

Lavabilidade: tecidos de linho resistem à fervura. Lavagem muito forte à máquina prejudica a durabilidade do tecido.

Passadoria: de 220ºC a 245ºC, desde que o tecido esteja umedecido.

Característica: ótima absorção de umidade, boa resistência à tração e à lavagem, amassa facilmente, não deforma ao calor, baixa elasticidade.

Uso do linho: cama, mesa, banho, lenços, tecidos para roupa em geral como brim, também uso para colchões.

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